O Farol de Alexandria, localizado na antiga ilha de Faros, no Egito, é uma das construções mais icônicas da Antiguidade. Considerado uma das 7 Maravilhas do Mundo Antigo, ele não apenas iluminou rotas marítimas por séculos, mas também simbolizou o poder e a grandiosidade do Império Ptolemaico. Sua arquitetura impressionante, aliada aos enigmas que cercam sua destruição, faz dele um dos monumentos mais fascinantes da história.
Origem e Construção
O Farol foi construído entre 280 a.C. e 247 a.C., durante o reinado de Ptolemeu II Filadelfo. A obra foi projetada pelo arquiteto grego Sostrato de Cnido, que teria gravado seu próprio nome na estrutura, desafiando a tradição de dedicar tais monumentos apenas aos reis.
Com aproximadamente 110 a 140 metros de altura, era considerado a segunda estrutura mais alta feita pelo homem na Antiguidade, perdendo apenas para a Grande Pirâmide de Gizé.
Função e Tecnologia
O Farol servia como guia para navegadores que se aproximavam do movimentado porto de Alexandria, uma das cidades mais importantes do mundo antigo.
Espelhos de bronze refletiam a luz do sol durante o dia.
À noite, grandes fogueiras eram acesas no topo, visíveis a até 50 km de distância.
Sua estrutura era dividida em três partes: base quadrada, corpo octogonal e topo circular.
Mistérios e Lendas
O Farol de Alexandria não era apenas uma obra-prima de engenharia; também carregava histórias e mistérios:
1. A real altura – não há consenso entre os historiadores sobre sua medida exata.
2. Uso militar – algumas fontes dizem que ele também servia como torre de vigia contra invasões.
3. O suposto feixe concentrado – lendas afirmam que os espelhos poderiam queimar navios inimigos à distância, como uma “arma solar” primitiva.
4. Inscrição secreta de Sostrato – diz-se que ele ocultou seu nome sob reboco, que se desgastou com o tempo, revelando-o.
5. Relíquias submersas – parte de seus blocos e esculturas ainda estaria no fundo do mar Mediterrâneo.
Declínio e Destruição
O Farol resistiu a séculos, mas três grandes terremotos entre os séculos X e XIV danificaram gravemente a estrutura. No século XV, suas ruínas foram utilizadas para construir a Fortaleza de Qaitbay, que ainda existe no local.
Legado Histórico
Mesmo desaparecido, o Farol de Alexandria continua inspirando:
Arquitetura moderna: faróis de todo o mundo seguem seu modelo estrutural.
Cultura popular: é citado em livros, filmes e documentários.
Exploração subaquática: arqueólogos ainda buscam peças originais no leito marinho.
Conclusão
O Farol de Alexandria não foi apenas um marco de orientação marítima, mas um símbolo de avanço tecnológico e poder político. Sua história continua a despertar fascínio e a nos lembrar de que as grandes obras humanas podem desaparecer fisicamente, mas permanecem eternas na memória coletiva.
FAQ – Perguntas Frequentes
1. Onde ficava o Farol de Alexandria?
Na ilha de Faros, em frente ao porto de Alexandria, no Egito.
2. Quem construiu o Farol de Alexandria?
O arquiteto grego Sostrato de Cnido, sob o reinado de Ptolemeu II.
3. Como o farol funcionava à noite?
Com grandes fogueiras no topo, refletidas por espelhos de bronze.
4. Ele ainda existe?
Não, foi destruído por terremotos entre os séculos X e XIV.
5. É possível visitar o local hoje?
Sim, no lugar está a Fortaleza de Qaitbay, construída com pedras do farol.
4. Links de Artigos para Referência
[UNESCO – Lighthouse of Alexandria https://whc.unesco.org/en/tentativelists/182
[Ancient History Encyclopedia – Lighthouse of Alexandria https://www.worldhistory.org/Lighthouse_of_Alexandria
[Smithsonian – The Mystery of the Lighthouse of Alexandria https://www.smithsonianmag.com/history/mystery-lighthouse-alexandria-180967599